17
Mai18
POR INSTINTO
Maria João Brito de Sousa
POR INSTINTO
Foi por instinto, apenas por instinto,
Que (quase) me quebrei pela cintura
E que agora me quebra a dor de um cinto
Que foi amparo de outra criatura.
Por instinto me sei, me dou, me sinto
Distante de estar “dita” e de ser “dura”.
Por instinto não quero, nem consinto,
Viver nas trevas de outro mal sem cura.
Por instinto, saí no intervalo
De um filme sobre a vida de um cavalo
Que foi domado à força e não morreu.
Por instinto te acuso, ó Panaceia,
Do mito que te encobre e que falseia
As mil “virtudes” desse mundo teu!
Maria João Brito de Sousa – 17.05.2018 – 12.27h