PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS - 100 ANOS DE LUTA!
SONETO DO PRODUTOR EXPLORADO
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(Em decassílabo heróico)
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Eu, que injectei nas veias das cidades
Sentinelas de pedra e de aço puro,
Que conquistei a pulso as liberdades,
Que asfaltei com suor cada futuro,
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Eu, que paguei com sangue as veleidades
Registadas na pedra, em cada muro,
E sigo em frente e moldo eternidades
A partir do que engendro e não descuro,
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Não mais hei-de evocar forças ausentes!
Liberto o grito preso entre os meus dentes
Que irrompe deste barro em que me sou
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E arrancarei de mim quantas correntes
Me prendam à mentira, ó prepotentes
Donos do que julgais que vos não dou!
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Maria João Brito de Sousa – 30.07.2013 – 18.58h