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Dez16
PARA TE AMAR, POEMA II
Maria João Brito de Sousa
Para te amar, soneto, ou por te amar,
Empunho a espada do meu livre arbítrio,
E ergo o meu escudo a quem tentar estocar
Teu coração pulsante, honesto e vítreo.
Razões não tenho, nem posso afirmar
Que estás a salvo, que é seguro o sítio
Erguido a pulso pr`a te resguardar,
Ou que é de aço esta espada, quando é lítio...
Hesitarás, portanto, em confiar-te
Às mãos de uma tão frágil defensora
Que nada tem pr` além de "engenho e de arte",
Mas... que posso fazer? Indo-me embora,
Quem mais daria a vida pr`a cantar-te?
Que outra, assim, loucamente, te (e)namora?
Maria João Brito de Sousa - 26.12.2016 - 15.44h