PALAVRAS DE LAVA
PALAVRAS DE LAVA
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A Florbela
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Desperta, sorria mal o sol nascia
Contudo soía pensar que chorava
Quando ambicionava o que mais lhe doía
Sendo a rebeldia o que em si germinava
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Nada lhe faltava, nem mesmo a alegria
Com que defendia a perfeita palavra
Mas não lhe bastava, nem mesmo a ousadia
Com que se batia pelo que sonhava...
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Contudo escutava e àquilo que ouvia
Filtrava, escolhia e depois preservava
O que era de lava, lava que escorria
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Tão estranha quão fria porque não queimava
E porque ficava, tal qual melodia,
Em quem a ouvia sempre que falava.
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Mª João Brito de Sousa
27.05.2023 - 13.45h
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Soneto hendecassilábico com rima encadeada