26
Jun19
OLHO-TE, SOL...
Maria João Brito de Sousa
OLHO-TE, SOL...
*
Olho-te, Sol. Não sei se por mim chamas
Nas chamas cruas de que te compões,
Porquanto sou de carne e de emoções
E tu és tudo aquilo que proclamas
*
Nos calorosos raios que hoje emanas
E dos quais vão surgindo reacções
Que cambiarão conforme as condições
Das ilhas de matéria em que os derramas.
*
Contudo, tendo prazo - como tudo... -,
Também te apagarás. Ficará mudo
O espaço que hoje ocupas. E vazio.
*
De nós, proclamadores de eternidades
A quem encheste de oportunidades,
Que guardarás depois de morto e frio?
*
Maria João Brito de Sousa – 26.05.2019 – 14.43h