O DESVENDADOR DE ALMAS
O DESVENDADOR DE ALMAS
*
Decifro-te anseios, silêncios e medos...
Desvendo segredos. Cá tenho os meus meios
Nem belos nem feios, nem tristes nem ledos,
Nem sequer azedos como os teus receios...
*
Aos anéis, comprei-os, mas... postos nos dedos,
Ficaram tão quedos que cansei-me e dei-os
Apesar de cheios de mistério e credos,
Visões de degredos, vislumbres de enleios.
*
Contudo desvendo sonhos, ambições
E até frustrações que mal compreendo,
Mas logo apreendo sem mais confusões.
*
Se há contradições no que vou tecendo,
Nada mais pretendo, face às condições,
Do que alguns tostões pelo que hoje vendo.
*
Maria João Brito de Sousa – 14.06.2019 -21.53h
*
Imagem retirada daqui