NAUTILUS E A BARCA
NAUTILUS E A BARCA
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Vós que credes num demo em que não creio
E que tremeis de infernos e castigos
Pois receais quanto eu já não receio.
(concretos, bem reais, sobejam perigos)
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Vós que espreitais por frestas e postigos
E que implorais, do horrendo, o menos feio,
Mas sonhais com fortunas por sorteio
Sem parar pra pensar. Vós, meus amigos,
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Vós que me sois iguais, diferentes sendo
À conta do que a alguns nos foi movendo
E, por outros, passou sem deixar marca,
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Que temeis desse demo que eu não temo?
(e evoco ainda o Nautilus de Nemo
enquanto solto a amarra à minha Barca)
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Maria João Brito de Sousa – 17.07.2018 -14.22h
Às minhas infantis memórias de leitura de Júlio Verne