04
Mai24
NÃO HÁ FIM PARA O SONHO, NÃO HÁ FIM - Reedição
Maria João Brito de Sousa
Tela de Álvaro Cunhal
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NÃO HÁ FIM PARA O SONHO, NÃO HÁ FIM...
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Não há, neste planeta, mar nem céu,
Estrada longa demais, alta montanha,
Ponte suspensa sobre um medo teu
Que te trave esse sonho e, coisa estranha,
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Um pouco desse sonho é também meu,
Um nada dessa chama em mim se entranha
E aonde chegar, chegarei eu,
Pois nisto ninguém perde. Só se ganha.
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Não há fim para um sonho construído,
Nem haverá lugar para o vencido
Num sonho desta forma partilhado
*
Se, quando te pareça ver-lhe o fim,
Vês que mal começou dentro de mim
E que outros vão nascendo ao nosso lado.
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Maria João Brito de Sousa
02.05.2018 – 12.54h
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