NÃO ESPERO, NÃO PROMETO, NEM O JURO...
NÃO ESPERO, NÃO PROMETO, NEM O JURO...
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"Desatando este nó que me amordaça"
Desfiando a meada em contra-mão
E enrolando o fio que se embaraça
Nas tralhas que guardei no coração,
*
Já voei de ameaça em ameaça
Até pousar de vez neste meu chão
Levada pelo vento, esse que passa
De suave harpejo à fúria de um tufão...
*
Não penso, não prometo, nem o juro
E posso garantir que o nem procuro;
Acontece-me sempre que o não espero
*
Soltar-se assim, genuinamente puro,
Um grito verde que nasceu maduro,
Sereno e tão cortante quão severo.
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Maria João Brito de Sousa - 01.08.2020 - 11.55h
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(Poema criado a partir do primeiro verso do soneto JURO II, de MEA)
Imagem retirada daqui