MOAXAHA IV
MOAXAHA IV
Aos que em tudo acreditam me dirijo.
Corrija quem puder. Eu não corrijo!
Erros de paralaxe. O que serão?
Há que ter disso a mínima noção
E não acreditar de modo vão
Em tudo o que se vê nestas paragens
Onde se (des)constroem mil imagens.
Escorços, pontos de vista, perspectivas,
Visões em túnel, falsas narrativas
E crenças, serão como arestas vivas
Que muitas vezes saltam das mensagens
E te enredam na farsa das miragens.
“Mas a vida é uma coisa imensa, que não cabe numa teoria, num poema, num dogma, nem mesmo no desespero inteiro dum homem.”
Citando Miguel Torga, in DIÁRIO, 1941
Maria João Brito de Sousa – 18.05.2018 -12.33h