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Abr24
MÃOS DE ABRIL - Reedição
Maria João Brito de Sousa
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MÃOS DE ABRIL
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A mão que esboça o verso, ampara a vida,
Transporta o saco cheio, amassa o pão,
Cava o torrão mais duro e, mesmo f`rida,
Prefere a dor sentida a não ser mão
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Renasce a cada causa antes perdida
E tece e fia e doba e faz questão
De, sobre a tela pronta e já tecida,
Lavrar, do próprio gesto, a criação.
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A mão trabalha ainda, a mão persiste
E até quando algemada ela se agita:
Ou se livra da peia… ou lhe resiste!
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Será por cada mão que não desiste
Que a força de que o mundo necessita
Justifica a razão que ao povo assiste!
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Maria João Brito de Sousa
29.01.2014 – 14.43h
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