LIVR(O)MENTE
LIVR(O)MENTE
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Limpos e arrumados nas estantes
Estão os livros que li. Outros, por ler,
Virão mais tarde, quando eu possa ver
Tanto ou melhor do que o que via dantes.
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Nem todos estão de mim equidistantes,
Nem todos por igual pude acolher,
Que a minha mente soube bem escolher
Os seus dilectos e os seus amantes.
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Não morreram, nem estão ao abandono
E embora muitos já nem tenham dono,
Todos revivem no que agora escrevo
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Pois devorados em noites sem sono
São, hoje, os companheiros deste outono
Ao qual devolvo o tanto que lhes devo.
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Maria João Brito de Sousa - 17.10.2020 - 12.38h
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Soneto criado para um desafio no site Horizontes da Poesia