LEITURAS CIRCULARES DE UM POETA POR DESVENDAR
LEITURAS CIRCULARES
DE UM POETA A DESVENDAR
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Oscila, Alberto. Eclode sem parar
De onde a matéria por matéria é feita.
Rasga na veia larga a fenda estreita
Do tempo que não pára de sangrar.
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Oscila o taco. A bola de bilhar
Rola na direcção mais que perfeita...
Mas corre agora, Alberto, que a suspeita
Está mesmo à beira de te ultrapassar.
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Alberto eclode. Eu torço por Alberto
Que se contorce em vão. Visto de perto,
Alberto é sem princípio e não tem fim.
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E fico lendo Alberto, em desconcerto,
Nas páginas de um livro sempre aberto
Que se desdobra em mil dentro de mim.
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Maria João Brito de Sousa – 13.07.2018 – 19.51h
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(na sequência de algumas leituras de poemas de Alberto Pucheu)