GRATIDÃO
GRATIDÃO
*
Estou grata à vida e grata aos homens justos
Que lutam pra que a vida justa seja,
Mas sei que um ideal tem grandes custos
Para quem lute e para quem proteja,
*
À custa de cansaços e de sustos,
Os ideais que em consciência eleja
Inda que surjam espinhos muito adustos
Na vida de quem luta e não corteja
*
A corja que envilece o nosso mundo,
A vã glória dos sacos sem ter fundo
E a perfídia dos grandes lambe-botas.
*
Estou grata, sim, aos homens e mulheres
Que enfrentam as mentiras dos poderes
E sempre vencem, mesmo nas derrotas.
*
Maria João Brito de Sousa – 29.11.2019
Portugal
Nota – Em resposta ao belíssimo soneto homónimo de Raymundo Salles, Brasil.
imagem retirada daqui