SONHO SOLTO
Sento-me, só, no colo das ideias
Do verso branco que não sei parar…
Sinto o dilatar de todas as veias
Que pulsam em mim, sem me sossegar
Todos os elos, todas as cadeias,
Todas as ondas me vão navegar
E desaguar nas mesmas areias
Do mesmo sol-pôr, do mesmo luar
Cavalgo as marés da tua ternura
Nas dunas de pele que quero sorver…
Saciando a sede na tua candura
O sonho só solto ao anoitecer
No amanhecer da minha loucura
No verso de amor que não vou escrever
João Moutinho
POR ELA
“Sento-me, só, no colo das ideias”,
Enlaço-me nos braços da Razão
E, apagada a chama das candeias,
Confronto a minha humana condição;
“Todos os elos, todas as cadeias”,
Todas as formas de escravização,
São coisas que não sabes, mas premeias,
Não por palavras, mas por omissão.
“Cavalgo as marés da tua ternura”
Quando descanso e sempre que puder,
Mas assim que a Razão sonda e perfura
“O sonho só solto ao anoitecer”,
É por ela que aceito esta ruptura
E, por ela, só dela passo a ser.
Maria João Brito de Sousa – 28.08.2017 – 11.58h
Desenho de Júlio (irmão do poeta José Régio)
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