GLOSANDO A POETISA MARIA DA ENCARNAÇÃO ALEXANDRE XLI
UM POUCO DE PRIMAVERA
Naquela verde relva do jardim
Há salpicos de vida já brotando
Com a brancura fresca do cetim
São mesa posta a pássaros em bando
Que saltitam por ela em frenesim
Ora ali voando ora debicando
Num bailado de voos sem ter fim
E em alegres chilreios vão rimando
Versos em que prometem Primavera
Em abraços voados pla atmosfera
Que nas manhãs de sol pintam no espaço
E expressam melodia tão fremente
Com destreza singela e inocente
Mudando a cada instante seu compasso
MEA
21/02/2017
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MÁTRIA
"Naquela relva verde do jardim",
Expressando a vida em cor, rejubilantes,
Há vidas que parecem não ter fim,
Que renascem tão vivas quanto dantes,
"Que saltitam por ela em frenesim"
Contrariando os mais recalcitrantes,
Pois Vida, ao renascer, renasce assim,
Em ciclos pré-datados e constantes...
"Versos em que prometem Primavera",
Toda a Vida os compõe, vindos da espera
Que precede as razões de cada dia
"E expressam melodia tão fremente",
Que nada, nem ninguém, nega ou desmente
Que seja, a Vida, a mãe dessa harmonia!
Maria João Brito de Sousa - 23.02.2017 - 09.40h