GLOSANDO A POETISA MARIA DA ENCARNAÇÃO ALEXANDRE IV
DE VENTO.....A BRISA
Fui vento, nesse dia do passado
E para te alcançar soprei um beijo
Em aroma de lima. Perfumado
Com a verde esperança do desejo
E esse vento que fui , te fez legado
E em sopros fez de ti, águas do Tejo
Que correram pra mim , por todo o lado
Dos meus campos de amor, fizeram brejo
Fui vento de frescura no Verão
No teu mar bebi, águas de paixão
E amanheci submersa de certezas
No Outono que já sou, sou subtil brisa
Que entardece serena, sem divisa
Em douradas espigas de incertezas
Maria da Encarnaçao Alexandre
13/09/2016
NEM SEMPRE SUAVE, NEM SEMPRE EXALTADA...
"Fui vento, nesse dia do passado"
Em que esqueci pretérito e futuros,
Ficando, o fruto em mim, condicionado
Ao espaço conquistado entre os teus muros
"E esse vento que fui, te fez legado"
De um beijo que recordo entre os mais puros
De quanto beijo tenha sido dado
Entre dois jovens frágeis, inseguros...
"Fui vento de frescura no Verão",
Mas... fazendo cedência à tentação,
Transmutei-me, exaltada, em ventania...
"No Outono que já sou, sou subtil brisa"
Que a si mesma se doma e se ajuíza
Segundo as leis da Vida e da Harmonia..
Maria João Brito de Sousa - 15.09.2016 - 15.09h