GLOSANDO A POETISA HELENA FRAGOSO
TRISTEZA...
Tristeza, a que me invade não tem fim...
Sem que possa afastar a escuridão,
Que quase permanente vive em mim
Ensombrando-me assim o coração.
Perdi até meus sonhos... Sei que sim,
Perdi também o amor e a ilusão...
Aquela pouca paz que tinha, enfim...
Tudo isto se esfumou... Caiu ao chão.
Tento ainda lutar, pois sou assim...
A força que guardei dentro de mim
Aos poucos já se esvai de minha mão...
Tristeza, a que me invade não tem fim...
Sem que possa afastar a dor de mim,
Apenas me acompanha a solidão.
Helena Fragoso - 21.04.2016
RESILIÊNCIA(S)
"Tristeza que me invade e não tem fim"
Esta de não saber se estás melhor,
Sabendo quanto estás longe de mim,
Pensando que talvez te esmague a dor...
"Perdi até meus sonhos...Sei que sim",
Pressentindo, impotente, esse rigor
De entender que esse mal te deixa, enfim,
Tão longe do Poema, amor maior...
"Tento ainda lutar, pois sou assim";
Tão frágil quanto a haste do jasmim,
Mas tão teimosa quanto qualquer flor...
"Tristeza, a que me invade não tem fim(...)",
Mas ambas somos flor`s de um só jardim
Que ostenta a Resistência por pendor!
Maria João Brito de Sousa - 06.07.2016 -16.08h