12
Abr18
FADO CHOVIDO
Maria João Brito de Sousa
FADO CHOVIDO
Quando a Chuva me leu, fez-se uma aberta,
Deixou que o Sol sorrisse por instantes
E aqui estou eu, tão seca quanto antes
Do apelo ser lançado em rota incerta.
Porque um apelo foi, nunca um alerta
Ao coração das águas abundantes,
Foram, as nuvens, meigas e galantes
Pra com uma poeta mal coberta.
Agradeço-te, ó Chuva, a gentileza;
Tal cuidado revela uma grandeza
Maior que a que eu podia ter esperado.
Não sei qualificar tanta nobreza,
Nem poderei sentar-te à minha mesa,
Mas posso aqui compor-te um novo fado!
Maria João Brito de Sousa – 12.04.2018 -17.01h
À MEA/Chuva