ESTRANHAS VOLTAS DA VIDA
ESTRANHAS VOLTAS DA VIDA
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(Soneto em verso alexandrino)
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"E entardeço na luz que me vem do carinho"
Desmaio sob o sol erguendo-me a seguir,
Cubro os passos que dei de mel e rosmaninho
E expando-me depois, mas sem de mim sair.
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Sempre que um passo dou, desconstruo o caminho
Mas dou um passo atrás para o reconstruir
Que isto de ser-se só, de se escrever sozinho
Ganha pernas pr`andar se se souber fruir.
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Entre uma volta e outra há passos não perdidos
Enquanto os dias são contados ou medidos
Até que finde o tempo o espaço a caminhada.
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Vai sendo muito longa a minha curta estrada
Por três vezes cortada em todos os sentidos;
Pra retomá-la dei três passos revertidos.
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Maria João Brito de Sousa - 12.06.2020 - 11.59h
NOTA - Soneto criado a partir de um verso alexandrino de MEA (Maria da Encarnação Alexandre)
Foi-me impossível fazer download de imagem