DESOBEDIÊNCIA - Reedição
Imagem processada pelo Chat-GPT
na sequência da leitura do soneto
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DESOBEDIÊNCIA
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Se se me impõe escrever mais do que respirar
e não o consumar me faz adoecer
Sem chegar a saber se me posso curar
Da dor de me calar, do mal de a não esquecer
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Venha lá quem vier, tudo irei registar
Nas noites de luar, se acaso me aprouver,
Ou, se escolher puder, sob um sol de rachar
Nas ondas do meu mar quando a maré crescer
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Mas se a lua nascer e um manto de luar
Vier enfeitiçar o meu anoitecer,
Vou desobedecer só pra contrariar
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Morfeu qu`rendo apagar meu fogo de mulher...
Hoje, Morfeu, vou ser capaz de te ensinar:
Podes-me dominar, mas só quando eu quiser!
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Maria João Brito de Sousa
08.06.2020
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Soneto em verso alexandrino com rima entrançada
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Nota - Poema ligeiramente modificado