CRONOLOGIA
CRONOLOGIA
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"Sem lugar seguro ou presença de abraço"
Morre enfim o laço que enlaça o futuro
Ao bater num muro que se ergue no espaço,
No final de um traço tão curto quão duro
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Sempre assim foi, juro!, e se me embaraço
No caminho lasso de um percurso obscuro,
É porque procuro saber por que o faço,
Por que, passo a passo, mais me ergo e me curo
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Quando tanto aturo para andar por cá...
Mas se ao deus-dará espalho os meus "tesouros"
Por cristãos ou mouros servidores de Alá,
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Quer vá, quer não vá ouvir desaforos,
Só lhes deixo esporos. São tudo o que dá
Este meu chão já despojado de toros...
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Mª João Brito de Sousa
29.05.2022 - 13.40h
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Soneto criado a partir do último verso do soneto FOLHA DE TEMPO de MEA