CONVERSANDO COM MARIA DA ENCARNAÇÃO ALEXANDRE XV
PERDI-ME NUM POEMA
Perdi-me quando entrei por um poema
Que de versos abertos convidava
A um passeio livre sem problema
Plas sílabas e estrofes que eu sonhava
E eram tantas palavras sobre um tema
Tantas quadras dispostas que mostrava…
Que entrando lá fiquei nesse dilema
De nem sequer saber por onde andava
Equipei-me dum lápis e papel
E pra que ao meu querer fosse fiel
Nele refiz os versos dos caminhos
Perfumei-os com rosas e alecrim
Depois criei-lhe um céu só para mim
E bailei-o ao som de cavaquinhos
MEA
31/01/2017
**************************
O BAILADO
Perco-me mais e mais a cada dia,
Nos versos, rimas, notas musicais,
Eu que, quando perdida, encontro mais
Em termos de abundância e de harmonia
E que quanto mais pobre e mais vazia,
Mais rica vou ficando... não notais
Que os versos podem ser paradoxais
Quando engendrando mais que a fantasia?
Garantidos os bens essenciais,
Ao ritmo de alguns versos mais leais
O pouco que nos sobre é garantia
Do nascimento dos originais
Que nos brotam de dentro e, se os juntais,
Bailam numa perfeita sintonia.
Maria João Brito de Sousa - 01.02.2017 - 14.06h