COISAS QUE SÓ EU SEI
COISAS QUE SÓ EU SEI
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(em verso alexandrino)
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Não canto essoutro amor cantado à exaustão
Que é fruto da paixão que irrompe como a flor
Quando, no seu esplendor, garante a gestação
A cada geração que seduz pra se impor.
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Cantá-lo por favor, a mim, não me imporão
Que eu moro na canção que eu entender compor
E não ando ao dispor da velha tradição;
Nada faço à traição, nem guardarei rancor
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Porque é com despudor que afirmo que cantei
Coisas que só eu sei e outras que, não sabendo,
Tentei ir aprendendo assim que aqui cheguei;
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A Amor nunca neguei, que o vivi no crescendo
Que a vida foi tecendo enquanto o que sonhei
Cá dentro sufoquei. De amar não me arrependo.
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Maria João Brito de Sousa - 26.02.2021 - 11.35h