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Jul19
BOLAS DE SABÃO
Maria João Brito de Sousa
BOLAS DE SABÃO
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São tão lábeis, as bolas de sabão
Quanto os meninos são, sem o saber;
Elas, rebentam por qualquer razão,
Eles, não param de as fazer nascer
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E embora as coisas sejam como são
- nem sempre fáceis de compreender -,
Para os meninos só a diversão
Os impele a correr, correr, correr,
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Atrás de bolas que rebentarão
Ao simples toque dessa mesma mão
Que se esmerara para as conceber
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E, desta feita, a gratificação
Reduz o feito à estranha dimensão
Da qual mais colhe quem menos colher.
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Maria João Brito de Sousa – 10.07.2019 -22.09h
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NOTA - Soneto criado para um Desafio Poético no site HORIZONTES DA POESIA