31
Dez16
BALANÇO DE FIM-DE-ANO
Maria João Brito de Sousa
Mais um ano que chega, outro que vai
Neste vaivém de ser-se e estar-se vivo
Num tempo que julgámos ter cativo,
Mas que, medido em anos, sobressai
Na neve do cabelo, que essa cai
Sobre a sorte de tê-lo em nada esquivo...
Vou passando o passado pelo crivo,
Pr`a ver, do que me sobra, o que me sai;
Não fujo à Luta, mas já mal lhe chego,
Que o meu presente é lúcido, mas cego,
Ou vê tão pouco que me torna inútil
A mesma lucidez que não me nego
Enquanto lhe for tendo humano apego,
Pois de aço feita; firme, honesta e dúctil.
Maria João Brito de Sousa - 30.12.2016 - 15.32h