ATÉ SEMPRE!
ATÉ SEMPRE!
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Mortinhos andamos por saber das vidas
E lutas renhidas de servos e de amos,
Mas pouco ganhamos quando desmentidas
Ou mal repartidas nos diversos ramos,
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Se as consideramos noções adquiridas;
Das coisas ouvidas, tudo partilhamos
E nem duvidamos. Se estão garantidas,
Quão mais repartidas, mais nos fascinamos.
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Mas, hoje sem musa, que a musa fugiu,
Lembro Bento, o tio, e fico confusa...
A musa em recusa, pois Bento partiu
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Concede-me um fio da malha inconclusa
Que em nada se acusa, mas faz um desvio;
Faz frio, tanto frio, que este “adeus” se me escusa.
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Maria João Brito de Sousa – 30.11.2018 – 11.26h
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Em singela homenagem ao poeta Bento Tiago Laneiro, mais conhecido por “tio Bento”, ontem falecido.
Até sempre, tio Bento!
Imagem retirada daqui
Aqui , em Oeiras, na pastelaria Paris, há cerca de nove anos.
Da esquerda para a direita, Landa Machado, eu, Vitor Castanheira, Dulce Saldanha e Bento Tiago Laneiro (tio Bento)
Fotografia gentilmente cedida por Landa Machado.