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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
26
Abr23

ABRE OS BRAÇOS À VIDA - Reedição

Maria João Brito de Sousa

eu com o pai no jardim botanico da ajuda.jpeg

ABRE OS BRAÇOS À VIDA
*

 

Abre os braços à vida, besta louca,

Besta da forte chama que arde em mim,

Concede-me mais tempo antes do fim

Daquilo que sei ser: humana e pouca!
*

 

Devolve-me a revolta em mar convulso,

Envolve-me em calor, em força ardente,

Firma na minha mão, neste meu pulso,

Glórias vindas dum doce antigamente!
*

 

Hera, não mais serei, evoco Marte,

Irei buscar Neptuno às profundezas,

Já que a Terra ameaça em toda a parte,

Kafkiana de inocência e de certezas...
*

 

Lacónico, este chão que piso e que amo,

Mede-me cada passo que não dei,

Nenhum tempo concede o que reclamo,

Oprime repetir-me o que já sei...
*

 

Passado não me falta. Só futuro.

Qual futuro?, pergunta-me a razão

Rindo de mim no nada em que procuro

Sombras de mim na antiga dimensão...
*

 

Tomba um entardecer como os demais,

Urdo, eu, um novo sonho amanhecendo,

Vibra ainda uma corda, um eco, uns ais

Wagnerianos, dóceis no crescendo,
*

 


Xaroposos, venais, enjoativos...

Yolo!,* grita-me o mar ao descobrir-me,

Zero!, mostra-me a Terra, que é dos vivos.
*

 

 

Maria João  Brito de Sousa

04.03.2020 – 14.29h
***
 

*

Yolo – sigla internacionalmente reconhecida que

significa “You only live once” – Só se vive uma vez
*

 

Inspirado pelos poemas "Quadro Para a Vida", de Joaquim Sustelo, e no "Zelo Ansiosa Por Cada Olhar Teu", de MEA - Maria da Encarnação Alexandre. 
*

NOTA - Este acróstico ou abecedarius nasceu com um defeito que nem sequer vi e do qual só tomei conhecimento quando um amigo me chamou a atenção para ele : dois versos seguidos surgem iniciados pela letra D, erro que não poderá ser remediado a menos que eu apague o poema inteiro e escreva outro, coisa que optei por não fazer porque, apesar da indesejada repetição,  considero que este é um bom poema no seu todo.

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