A VELHA MORADIA DO DAFUNDO
(Soneto em decassílabo heróico)
Daquela antiga casa que sabia
Todos os tempos do meu verbo Amar
Como secreto templo que se abria
De cada vez que a fosse visitar,
Olhava um areal que se estendia
Da orla ribeirinha até ao mar
Que rescendia a sonho e maresia
Em cada avo de sonho por explorar…
Talvez morasse Deus na antiga casa,
Ou talvez fosse, eu mesma, um deus menino
Que ali quis construir seu próprio mundo,
Pois despontava-me uma ou outra asa
Na casa que era mais que o que eu defino
Por velha moradia do Dafundo…
Maria João Brito de Sousa – 19.07.2014 – 17.04h
NOTA – Reformulado a partir do soneto original de 31.07.2010