21
Abr18
A TODOS OS CRAVOS DE ABRIL QUE ESTÃO POR VIR
Maria João Brito de Sousa
Quase a vinte e dois, espero o vinte e cinco.
Espero com afinco que venha depois.
Quanto mais me dóis, menos rio, mas brinco;
A porta, no trinco, a canga sobre os bois,
Sejamos heróis! Eu já pouco trinco
E caibo num vinco de quanto constróis,
Tu, que o trigo móis e que suas a pingo.
Eu, sei que não vingo. Tu, ages por dois.
Estou velha e doente. Tu trabalhador,
Jovem produtor, seguirás sempre em frente,
Que ele há muita gente dando o seu melhor.
Também o pior hás-de ver. Sê prudente,
Que ao mundo, demente, sobra engano e dor
E eu já sei de cor que nada é transparente.
Maria João Brito de Sousa – 21.04.2018 – 12.57h