Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores.
...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
Estou com febre, falta de ar e embora tenha tomado a aminofilina - SOS - não consigo encontrar a bomba de salbutamol... não coseguiria escrever poema nenhum nestas condições, mas cá voltarei amanhã, amigo Eduardo!
Estou sem voz e estou febril, Nem sei como hei-de fazer Mas, sendo cravo de Abril, Sei que, um dia, irei vencer
Pois nem tudo foi tão vil Que o fizesse esmorecer Quando levado ao redil Dos que fazem por nem ver
Que, na luta desigual, Que este cravo há-de enfrentar, Tudo pode ser vital
Para a luta equilibrar E que a vitória final Sempre se há-de conquistar
Maria João
Aqui vai, amigo Eduardo, com muita dificuldade porque a gripe continua a evoluir e, neste momento, não garanto que não tenha passado a infecção bacteriana. Forte abraço!
Com simetria, ou sem ela, Terei de seguir em frente E, se esta mão ma cinzela, Assim, tão naturalmente,
Porque a considero bela, Ficarei muito contente Por ter conseguido aquela Que se nega a tanta gente...
Racional por natureza, Descubro, por toda a parte, As mil formas de beleza
Que há que transformar em arte E, não procuro a grandeza Nem aqui, nem mesmo em Marte...
Maria João
Poeta, desculpe esta maluqueira deste sonetilho, mas foi o que me foi saindo no meio deste contexto de febre e dispneia, com uma amiga preocupada a querer falar comigo ao telefone... quando estou afonica e sem fôlego. Mas que saiu, saiu e vou aproveitá-lo porque não sei se logo vou estar capaz de escrever seja o que for. Abraço grande!