A MORTE DO POETA
A Livraria-Galeria Municipal Verney organizou, em parceria com a Camâra Municipal de Oeiras, um ciclo de palestras denominado "Quintas Feiras Culturais", que está aberto ao público em Oeiras, na Rua Cândido dos Reis Nº90, a partir das 16.00h.
A útima 5ª feira de cada mês é, invariavelmente, dedicado à Poesia e à Associação Portuguesa de Poetas, da qual sou membro.
Na passada 5ª feira, Maria Ivone Vairinho, Presidente da APP anunciou a morte de um Poeta português da "velha guarda", o Ulisses Duarte. Fez-se um minuto de silêncio e foi aí que "nasceu", em mim, o soneto que agora publico.
SER, DEPOIS DE SER
*
Da cicatriz do SER depois de ser
Emerge, no Poeta, o seu legado
Na música que o verso, ao ser traçado,
Imprime, no futuro, a quem vier.
*
Não morre, do poeta, esse poder
Pois cada verso seu, cristalizado,
Fica connosco, em nós é semeado
E cada um de nós o faz crescer.
*
Poeta é imortal, juro-vos eu,
Que entre tantos nasci e deles herdei
A fome imensa de cantar em verso;
*
Afastou-se de nós, mas não morreu!
Desabrochou em versos, bem o sei,
Floriu noutro local deste Universo.
*
Maria João Brito de Sousa - 28.01.2008 - 13.52h