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poetaporkedeusker

UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.

Nov08

(COM)TRADIÇÕES - O MESTRE

Maria João Brito de Sousa

Quem muito quer só perde o que não teve.

Eu falo-vos de sonhos, não de bens...

Ati, que nada queres e nada tens,

Eu digo que te admiro. A vida é breve.

Nada ter, mesmo nada, é ser tão leve

Que já nem ouve injúrias e desdéns.

Por nada teres eu dou-te os parabéns;

Ninguém pode cobrar-te o que não deves.

Repara, nada tens, mas és feliz.

Afinal pouca coisa contradiz

Aquilo que tu és na tua essência...

Atenta nas mil coisas que não perdes;

O teu valor é tudo o que tu medes,

Ó meu Mestre e senhor de outra inocência...

"The Dream" - Henri Rousseau

Imagem retirada da internet

publicado às 14:52

16 comentários

eva 09.11.2008

Oh, Poeta, só agora reparei que fez anos na terça-feira
Muitos parabéns!
Que nos possa alegrar por muitos e muitos mais anos com a sua presença e a sua poesia.
Longa vida à Poeta!
Um grande abraço!
Maria João Brito de Sousa 09.11.2008

Obrigada minha amiga. Eu mesma me teria esquecido se não fossem as minhas duas amigas de café... e isso é muitíssimo normal em mim. Sempre fui muito distraída e o tempo, agora, passa a uma velocidade totalmente diferente. Os dias parecem-me segundos e todo o tempo é pouco para o que ainda tenho para criar.
Abraço.

Velucia 09.11.2008

Oi Maria

O sapo não deixou-me comentar anteriomente quando aqui estive.

Eu sou fielç de carteirinha a pssar pelo teu blog. Quan o não comento é porque o sapo me impede.

E cada soneto teu...
É um espelho em que vejo-me
Por isso é impossível não vir aqui.
Mesmo sem inspiração continuarei a visitá-la.

Um abraço.
Maria João Brito de Sousa 09.11.2008

Olá Velucia. Hoje o meu problema não é só com o Sapo. Toda a internet está leeeeeenta.
Está tudo tão lento que é impossível abrir os pps. Leva horas a começar a abrir e pára a meio.
Passei pelo teu blog e reparei que voltaste a postar. Fico contente por ti.
Abraço.

manu 09.11.2008

E o (a) mestre sempre se supera. Mais um belíssimo soneto. Abraço.
Maria João Brito de Sousa 10.11.2008

Neste caso é tudo metafórico e tem a ver com a pintura, Manu. Henri Rousseau, autor desta tela, foi o "pai" da pintura Naif que, mais tarde, viria a formar escola. Tem a ver com a minha forma um pouco ingénua e distraída de estar na vida real.
Abraço.

linhaseletras 10.11.2008

Hoje tive um dia bastante ocupado, e só agora é que vim aqui espreitar , e mais um belo soneto vim encontrar como já é hábito, com certeza que a esta hora já está a dormir, mas eu não podia ir deitar-me sem lhe vir dar as Boas Noites. Um abraço e até mais logo
Maria João Brito de Sousa 10.11.2008

Não, minha amiga, não estava a dormir. Infelizmente estava a fazer a "mudança" da minha colecção de revistinhas do Maurício de Sousa que estava arrumada numa velha estante da marquise e que o sr. Spirit fez o favor de atirar para o chão. Algumas foram destruídas, mas a maior parte foi salva "in extremis"... estou de "gatas" por causa dos condicionalismos que este "rapaz" me impõe !
Abraço.

Joanina 10.11.2008

Muitas vezes a nossa maior riqueza esta no nada ter... Rousseau e pintura naif, gosto! Condiz também comigo e com a minha forma de ser.
Diz-me como e que tens andado da tua saúde ?... E os teus amiguinhos de 4 patas?...
Boa semana!
Bj da Jo
Maria João Brito de Sousa 10.11.2008

Pois, minha querida Jo... estou lenta. Estou lenta eu e está lenta a net... não ando propriamente na minha melhor forma física, mas também sei que não consigo descansar nadinha com este meu "pessoal" todo...
A Lupa está cada vez "mais na mesma". Tem de ser vacinada este mês e eu nem sei como...quanto ao grande campeõ do "asneiranço", o Spirit... bem, esse cresceu. Cresceu e começou a fazer aquilo que a natureza manda. E a natureza manda-o deixar odoríferos jactos de urina por todo o seu "território" (a minha rica marquise...) no sentido de mostrar às meninas da casa que está pronto para exercer as suas funões de pai. Desastre. A minha sala cheira a xixi de gato! Quase não consigo entrar na marquise, tal é o empenhamento com que este rapaz cumpre as ordens da natureza! A minha casa que, graças a um enorme esforço físico, nunca cheirou "a gatos", não cheira, agora, a outra coisa! Estou "de gatas" por causa deste gato!
Um grande beijinho... cansadito.

António Só 10.11.2008

Olá, minha amiga:

Este soneto lembra-me o meu desejo de querer conhecer pessoas que tenham sonhos e não coisas. É porque quem fala delas não fala de si próprio. Vou confessar-lhe que tenho um defeito de, no meio de uma conversa de contas para pagar e os seguros e o melhor lugar para fazer as compras mensais, de esquartejá-las com perguntas sobre uma música ou um filme ou um livro. Mas isto sou eu...

Um grande abraço
Maria João Brito de Sousa 10.11.2008

Poeta, vou-lhe confessar que não é o único a pecar por esse desejo súbito... já tive, muitas vezes, a mesmíssima vontade. Mas isto somos nós...
Arranjei duas horas por dia para tentar ser normal e falar de todas essas coisas. Acabou por virar-se tudo do avesso e acabamos por passar as duas horas a rir e a dizer disparates que inventamos... eu e as duas senhoras com quem me propus tentar dedicar-me, afincadamente, à normalidade... mas isto ambém somos nós... claro que, de vez em quando, esses assuntos vêem mesmo à baila e lá dou comigo a lembrar-me de que o banco, um dia destes, ainda me vem "penhorar" a casota... mas isto sou eu. Eu, que até perguntei a mim própria se deveria andar por aí a bater com a cabeça nas paredes. Mas respondi, também a mim mesma, que isso de nada me adiantaria e que ainda me faria ir parar ao hospital com a cabeça rachada, o que implicaria gastos de tranporte e acabaria por agravar o problema. Mas isto sou eu. Qualquer outra pessoa já teria ido assaltar outro banco qualquer para pagar a este... o problma é que não tenho prática. Ainda sou uma principiante nestas coisas de dívidas bancárias.
E desculpe esta brincadeira toda, mas fez-me bem dizer isto tudo. E apanhei-o mesmo á mão, partilhando comigo essa raivazinha de estimação pelos grandes temas conversacionais dos/as portugueses/as.
Um grande abraço.
PS- É bruxo? Quando ler o soneto de hoje verá porque lhe pergunto isto...

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