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Out08
DOS ETERNOS ATRASOS
Maria João Brito de Sousa
Exímia a vasculhar entre as memórias,
Descubro mil tesouros manuscritos!
E são tesouros mesmo! E são benditos!
São os antigos traços de mil histórias.
E é sempre o acaso (ai, o Acaso...)
Que vem trazer-me às mãos o que eu encontro.
Tudo isto que vos digo, o que aqui conto,
É a razão do meu eterno atraso...
As coisas deste tempo vão esperando...
Eu sei que encontro mais, mas não sei quando,
Desta matéria-prima muito minha.
Atraso-me ao sabor destes meus dias
No acaso de antigas companhias.
Atraso-me por nunca estar sozinha.
Imagem retirada da internet e multiplicada por mim
com a sempre bem-vinda ajuda do Acaso.