25
Jan08
AUTONOMIA
Maria João Brito de Sousa
AUTONOMIA
*
Segue em rota frontal de colisão
Com a minha vontade de ser eu,
Na polpa do poema, o que escreveu
Esta determinada, incauta, mão.
*
Não volto atrás, nem nego a decisão!
Tão livre é o poema que nasceu
Que, sendo por mim escrito, não é meu
Pois me ultrapassa em determinação.
*
Cá fico, neste cais de terra e mar,
Olhando essa insensata autonomia
Que, mesmo partilhada, segue em frente
*
Nas asas de um mistério por sondar
Que dá vida ao poema que só qu`ria
Um pouco da atenção de muita a gente.
*
Maria João Brito de Sousa - 25.012008 - 11.58h