03
Out08
DE PASSAGEM VI
Maria João Brito de Sousa
Quantas vezes passei, quantas perdi
O rumo desse Céu tão prometido...
De novo uma passagem. Que sentido
Faria eu se não estivesse aqui?
Por isso vou passando e aprendendo
E semear a espr`rança é o meu rumo
Porque me ergo e desenho a fio-de-prumo
E em verso, traço e côr é que me acendo.
Vou de passagem. Tudo, tudo passa,
Excepto o que nos move. Essoutra Graça
É perene, constante, inevitável...
Quantas vezes cheguei, quantas parti,
Melhor por cada corpo que "vesti",
Mas ainda imperfeita, ainda instável...
À Velucia
(Imagem retirada da internet)