ÀS VOSSAS PORTAS
Ele era o meu eleito entre os Poetas!
Vivia amando tudo o que não tinha,
Mas em qu`rendo o luar, o luar vinha
Beijar as suas horas mais secretas...
Viveu para aprender até morrer,
Aflorou os mistérios de outros céus
E antes de partir, disse-me: - Adeus,
Ainda tenho muito que aprender!
Por vezes nem sei mesmo se partiu
Ou se ficou por cá... alguém sentiu
Que as coisas permanecem mesmo mortas?
Por isso estamos juntos nestes versos,
Criamos outros tantos universos
E batemos, os dois, às vossas portas.
Ao poeta António de Sousa e à Ligeirinha.
Imagem - Fotografia tirada há cerca de dois meses à porta da "nossa" casa, na Rua Luís de Camões em Algés.