07
Set08
O ABRAÇO
Maria João Brito de Sousa
Ó lusitano mar de quem herdei
As veias dos poemas que te faço,
Eu venho-me entregar ao teu abraço
Pela mão de um soneto que criei
E tu, em cujo seio eu engendrei
A voz que trará vida ao meu cansaço,
Repara nestas linhas que te traço
E aceita, inteira, a vida que te dei...
Eu sou quem te levou a outras raças,
Quem de ti fez cavalo que galopa,
Quem ouve os mil segredos que revelas...
Eu sou a terra-mãe que tu abraças
Num ponto ocidental da velha Europa
E a nação que te encheu de caravelas!
(Imagem retirada da internet)
NOTA DE RODAPÉ -Um dos sonetos com que concorri aos Jogos Florais que não ganhei