A ILHA
Serei sempre uma ilha de paixões
Rodeada de mundo a toda a volta...
Deserta por decreto da revolta
Que me encheu de lagoas e vulcões...
Em mim os animais são aos milhões,
Correndo como o verso, à rédea solta,
Pois por cima da lava que me solda
Lavrei um verde manto de ilusões
E neste Paraíso em que me dou,
Entre ervas, embondeiros, brancos lírios,
Sou Arca de Noé de âncora presa!
Talvez alguém duvide do que sou,
Talvez seja mais um dos meus delírios,
Talvez seja uma forma de defesa...
Maria João Brito de Sousa - 2008
Um dos poemas que foi a concurso no Prémio de Poesia Palavra Ibérica.
Na Imagem - Uma tela de KI - trapezio.blogs.sapo.pt