27
Abr08
COM ESTAS MINHAS MÃOS
Maria João Brito de Sousa
Com estas minhas mãos eu ergo um mundo,
Com estas mesmas mãos, planto-lhe amor
E reinvento em mim, pleno de cor,
O mesmíssimo mar em que me afundo...
Com estas minhas mãos que não descansam,
Que morrem devagar, mas que não param,
Eu escrevo os mil poemas que ficaram
Enredados nas mãos que aqui os lançam...
Com mãos cheias de vida e de certeza,
Com estas duas mãos que Deus me deu,
Reabro uma janela, afasto a dor
E exijo, ao próprio sonho a que estou presa,
Quanto, por minhas mãos, se reergueu,
Quanto nelas cresceu de humano amor...
Maria João Brito de Sousa - 27.04.2008 - 12.22h
.