29
Mai13
SONETO A UMA QUALQUER LONGA VIAGEM
Maria João Brito de Sousa
(Em verso eneassilábico)
Tenho mãos, tenho pés, tenho braços
Que ergo rumo às fronteiras da vida,
Caminhando e negando os cansaços
Desta estrada de terra batida.
Passa o tempo e devolve-me aos traços
As memórias da estrada vencida
Na cadência sonora dos passos
Pelos becos que o são sem saída.
Tanto beco e ruela já vi,
Tanta estrada galguei, sem parar,
Que, hoje, posso afirmar ser aqui,
Sobre os longes que andei, que corri,
Que os meus passos me irão conquistar
Na batalha de ser quem escolhi.
Maria João Brito de Sousa – 09.05.2013– 17.22h
NOTA - Soneto reformulado a 01.09.2015