DIREITO À REVOLTA II
(Soneto em decassílabo heróico)
Naquilo em que acredito, eu acredito!
Na minha pequenez de entendimento,
Sei muito bem que quase nunca hesito
Porque aquilo que sei tem bom sustento
No pouco que já li, de quanto é escrito.
Se contrario alguém, muito o lamento,
Mas não retiro nada ao que foi dito
Pois, crescente de força e de argumento,
A palavra abre em flor, se tem razão,
Florescente de cor, não se abre em vão,
Se afirma o necessário àquele instante
E procura, entre vós, terreno são
Se lança umas sementes pelo chão
E cala a voz, mas deixa eco constante!
Maria João Brito de Sousa – 16.05.2013 – 15.56h
Desenho da série "Desenhos da Prisão" de Álvaro Cunhal. Imagem retirada da net, via Google