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Mai13
SEI DE UM TEMPO ou Mais Um Soneto de Abril
Maria João Brito de Sousa
(Soneto em verso eneassilábico)
Sei de um tempo em que as horas sorriam
Transmutando os seus ramos caídos
Pelo peso das flores que nasciam
Das sementes dos cinco sentidos
No reflexo da cor que exibiam
E, ao torná-los em rifles floridos,
Nesse apelo que as flores emitiam,
Davam fruto entre os frutos nascidos.
Sei de um tempo que o dia acordou
De uma noite de medo e cantou
Como as aves que lavram caminhos
No mesmíssimo tempo em que eu sou
Neste pouco de Abril que sobrou
Da voragem de uns tantos, mesquinhos.
Maria João Brito de Sousa – 06.05.2013 – 11.24h
NOTA – Revoltemo-nos, porra!