04
Abr13
ESPADA DE POETA
Maria João Brito de Sousa
ESPADA DE POETA
(Soneto em verso eneassilábico)
Cá estou eu, decidida a vender
Muito cara a provável derrota,
Com poemas e rimas por frota,
Na batalha ao rigor do Poder!
*
Não sei bem se esta luta me quer,
Se enfeitada com elmo e com cota
Chego a ver a mudança da rota,
Ou consigo sequer combater,
*
Mas se luto é por grandes anseios
E se avanço enfrentando os receios,
Uma gota – não mais! – lhe acrescento
*
Porque o faço negando os recreios
De que os palcos de guerra estão cheios
E, por espada, uso o simples talento.
*
Maria João Brito de Sousa – 02.04.2013 – 18.52h