21
Fev13
SONETOS ÀS ERVAS BRAVIAS DO MATO I
Maria João Brito de Sousa
Flor de Urtiga
(Em decassílabo heróico)
À flor de uma palavra… eu renuncio!
Noutra, mais louca ainda, recomeço
A dança da palavra e pago o preço
Que me cobra o poema que anuncio.
(Em decassílabo heróico)
À flor de uma palavra… eu renuncio!
Noutra, mais louca ainda, recomeço
A dança da palavra e pago o preço
Que me cobra o poema que anuncio.
No Inverno, enfrento ainda o beijo frio
Do tanto que ousei ser, mas desconheço,
Neste palco terreno onde não peço,
Nem aceito os favores dum novo Estio.
São flores, braços e garras, as palavras!
Nelas m`elevo inteira… ou me condeno
Num quase desafio a quem souber
Ou tentar adentrar-se em minhas lavras!
(... há flores assim, bravias, com veneno,
que se escapam da mão que as quer colher…)
Maria João Brito de Sousa – 20.02.2013 – 16.32h