03
Fev13
O PULO
Maria João Brito de Sousa
De pulo em pulo, exalto o meu protesto!
(minto porque este “pulo” foi roubado
a um tempo qualquer do meu passado
e ao eco das memórias que lhe empresto…)
Mas se sobra a vontade e falha o resto
De que me serve, então, ter protestado,
Ter tido a agilidade e ter pulado
Numa acepção literal do mesmo gesto?
O pulo é o das rimas que a verdade
Nunca deixou morrer na mão rendida
Pois, da nova impotência que me invade,
Renasce-me o poema e, da saudade,
A voz que, não se dando por vencida,
Pulou de estrofe em estrofe, em liberdade!
Maria João Brito de Sousa – 30.01.2013 – 17.21h
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