15
Jan13
SONETO EM BREVE MONÓLOGO INTERIOR
Maria João Brito de Sousa
(Em decassílabo heróico)
Renasce-me a questão, tal qual a sentes;
- Como arrancar o ceptro a um poder
Que assim vai fomentando, sem tremer,
Tais formas de injustiça entre inocentes?
Nas marcas da passagem de serpentes
Às quais se impõe matar pr`a não morrer
Se explica ou se desvenda este “não ser”
Pior do que o pior que em ti consentes…
Se, pouco ou nada tendo, ainda escrevo,
É por não ter esquecido o quanto devo
E nisso me encontrar enquanto o pago
Pois, porque pressionada, até me atrevo
À poética da flor - talvez de um trevo... -
Que, em quase-voo, emula um meigo afago…
Renasce-me a questão, tal qual a sentes;
- Como arrancar o ceptro a um poder
Que assim vai fomentando, sem tremer,
Tais formas de injustiça entre inocentes?
Nas marcas da passagem de serpentes
Às quais se impõe matar pr`a não morrer
Se explica ou se desvenda este “não ser”
Pior do que o pior que em ti consentes…
Se, pouco ou nada tendo, ainda escrevo,
É por não ter esquecido o quanto devo
E nisso me encontrar enquanto o pago
Pois, porque pressionada, até me atrevo
À poética da flor - talvez de um trevo... -
Que, em quase-voo, emula um meigo afago…
Maria João Brito de Sousa – 14.01.2012- 21.29h