INICIAÇÃO À PINTURA
(Em decassílabo quase heróico)
“Pinte-se o céu da cor que te aprouver,
Faça-se luz no traço em movimento,
Cozinhe-se outro mundo, em fogo lento,
E engendre, o coração, quanto puder!
Reinvente, cada homem e mulher,
A génese adequada ao seu intento,
Roubando a tempestade ao próprio vento
E uma centelha à cor que se acender!
Depois… é uma dança, um medir forças
Dos braços que nos correm como corças
Sobre a nudez da tela ou papelão…
E não se pára enquanto o fim não chega!”
Relembro enquanto a força se me nega
E a cor se me desfaz num turbilhão…
Maria João Brito de Sousa – 03.12.2012 – 14.46h
Soneto oferecido ao Rogério V Pereira
IMAGEM - "By the Sea", tela de Paul Gauguin