NOS TEUS OLHOS, MIL SÓIS...
(Em decassílabo heróico)
Quando o sol nos teus olhos se reflecte
E pasmos, inocentes, me procuram,
Nas pupilas, quais setas que perfuram,
Rendido, aquece o gelo e se derrete…
Cada olhar, feito sol, me compromete
Vazios e escuridões, quando perduram,
E quantos medos restem se me curam
Nesse olhar que os desmente, se os repete…
Há sóis nas finas setas que me lanças,
Há notas de harmonia, há ternas danças,
Há silêncios solar´s, serenos, castos...
Há meu felino irmão, mil setas d`oiro
Que, em cúmplice feitiço, em suave agoiro,
Me devolvem, brilhando, os dias gastos…
Maria João Brito de Sousa – 30.12.2012 – 15.11h
Reformulado - Maio 2016
Ao Sigmund Freud, o mais amado dos meus amigos gatos