06
Dez12
SONETO MUITO SURREAL, SÓ PARA DESCONTRAIR... OU NEM POR ISSO...
Maria João Brito de Sousa
(Em verso eneassilábico)
Trago a louca impudícia das horas
A tanger-me em violinos traídos
E a surpresa das aves canoras
Sobre arames farpados floridos,
Uso abismos sem fim como escoras
Dos mais altos castelos erguidos
Aos dilemas de amor das amoras,
Ou à dor de uns piratas vencidos!
Conquistei terra e mar aos meus medos,
Moldei estátuas nas chamas de velas,
Dediquei-me a aprender, dos penedos,
A dureza - o seu ponto mais forte... -
E, encontrando maleita, ou sequelas,
Proporciono, ora alívio, ora… morte!
Maria João Brito de Sousa – 26.11.2012 – 21.47h
IMAGEM - Tela de Oleg Shuplyak
Reformulado a 25.11.2015